sexta-feira, agosto 10, 2007
Sobre balões e amigos
Enquanto decidia se escrevia sobre a coisa estranha que sentira enquanto estava no shopping ou sobre a distância repentina que sentia de pessoas próximas, lixava as unhas e escutava suas músicas preferidas (as melancólicas, que sempre tocam no momento mais inconsolável do filme).
A questão é que fora passear no shopping e, no meio da escada rolante, olhou para uns balões no andar superior e desvendou o mistério da vida. Eram balões metálicos, em forma de golfinho ou algum personagem de desenho animado. Apenas flutuavam estáticos, presos por uma corda. A escada no meio do nada, os balões sorrindo e as pessoas vivendo.
A outra questão era que não reconhecia mais ninguém. Sentia-se distante o tempo todo. E sempre que chegava naquele prédio, que foi o começo da parte mais interessante de sua história, sentia vontade de voltar no tempo, ou simplesmente sair correndo. Não é que não visse mais ninguém. Mas não sabia explicar. Agora apenas ia lá e não entendia mais para quê.
Por fim decidiu não escrever sobre nada. Terminou de lixar as unhas e continuou ouvindo as mesmas músicas, enquanto tentava fazer o que faziam as pessoas e os balões: viver e sorrir.
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4 comentários:
adorei a novidade de cada texto vir ilustrado com uma foto sua.
admiráveis. as letras e as imagens.
;]
a menina continua pensando em balões, com a cabeça nas nuvens?
atualiza isso aí!
sister, i love u!
nossa...muito bom lembrar disso aqui depois de muito tempo. Gostei do texto, moça
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