terça-feira, dezembro 13, 2005

A fuga das palavras


Há momentos em que qualquer palavra se torna redundante. O que se sente não pode ser nomeado e ainda assim a gente insiste em tentar explicar. Não saberia por onde começar. Não sei mais dar explicações, desisti delas. Já busquei todas as palavras, fiz todas as combinações e permutações, mas não sei onde encaixá-las.
E o que era mesmo que eu queria dizer? Ah sim, eu queria dizer que agora, assim de repente, não mais que de repente, vejo estrelas de dia e o tempo mudou de velocidade.
O mundo era um tabuleiro de "war" e alguém esparramou as pecinhas por aí. Algo saiu de órbita. E a ordem dos fatos já não faz diferença.
Tudo pelo avesso.
Mas é bom estar perdida. Já não me sinto só.

sábado, dezembro 10, 2005

Infindável lista dos quereres*

*Para minhas primas. (do scrap que mandei pra Tati)

Fernanda quer um dvd!
Fernanda quer velox!
quer também a torta de frango da casa do pastel!
quer jorgar tenis no max mim!
quer trufa de maracujá da Ed Chocolate!
quer endoidar com vcs!
quer ver lupy! (e Lily)
quer dar aquele aperto (que só vocês entendem)!
quer xingar Biritex porquê ela é chata!
e jacuthilda porque chatice é contagiante!
quer cantar a música da abelha que pousa na flor! (junto com Beurenice)
quer fazer auto escola!
quer jogar imagem e ação, pontinho e mau-mau!
Fernanda quer ir logo para Montes Claros!

ahhhh, q desespero!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, dezembro 04, 2005

Everything you've done wrong

Quebrou de novo.

Como um vaso chines se espatifando no chão,
Como Amelie Poulain se derretendo em água,
Como Lux Lisbon deitada no gramado da escola,
Como quem sofreu a maior decepção do mundo.
E quem diria que não sofreu?

Quebrou e pensou em não colar os pedaços.
Já havia quebrado tantas vezes, e consertado tantas vezes
e quebrado de novo e consertado mais uma vez.
Pensou que era melhor deixar quebrado pra sempre, pra não quebrar de novo.
Mas todo mundo disse pra consertar,
Todo mundo disse que não ia quebrar mais.
Todo mundo dizia que era forte.

Não era.
Era pequeno, frágil e mesquinho.
Era um esconderijo, uma máscara, um uniforme.
Também queria colo, queria parar de quebrar.
Queria assumir que era vil.
Queria poder ser pequeno.
Queria chorar sem culpa.
Queria dizer sem medo.
Não conseguia.

Nunca tentou.